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24-10-2012
Carta aberta - Sobre protesto na exposição de Alegrete



Abaixo faça o download da carta completa na íntegra.

A Associação dos Criadores Gaúchos de Zebu vem por meio desta, esclarecer os motivos que ocasionaram a ação de manifesto durante a solenidade de inauguração oficial e desfile dos grandes campeões, realizada neste domingo, 21 de outubro durante a 70ª edição da Exposição Agropecuária de Alegrete no Parque de Exposições Dr. Lauro Dornelles. O momento em que a supremacia da genética gaúcha estava em total evidencia, vivenciamos os infelizes instantes de pronunciamento do Sr. Gedeão Silveira Pereira, (Médico veterinário, formado pela Universidade Federal de Santa Maria, ex-Diretor da Associação Brasileira de Criadores de Hereford e Braford e ex-Presidente do Sindicato/Associação Rural de Bagé por dois mandatos. Atualmente, é Vice-Presidente da FARSUL) em representação da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul – FARSUL, que de forma equivocada, desrespeitosa, pessoal e sem embasamento técnico e científico, relatou várias afirmações em forma de ataque ao rebanho zebuíno, representado nacionalmente por animais puros e cruzados em mais de 80% do rebanho nacional através de oito raças registradas pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, selecionadas para a produção de carne e leite.

Paralelamente à 70ª Expofeira de Alegrete, foi promovida por esta associação, a 3ª Exposição Gaúcha de Zebu, sendo no domingo, 21 de outubro, ocorrido o desfile dos grandes campeões de todas as raças, incluindo, quinze exemplares zebuínos participantes da solenidade, entre eles, dois casais de grandes campeões da última Expointer, o que demonstra que o nível zootécnico dos animais apresentados, foi de grande expressão para mostrar a evolução genética do zebu gaúcho e como este pode contribuir com sua genética em nossas atividades.

Após o desfile, publicamente em alto e bom som, o referido representante da Farsul, não poupou esforços em defender e idolatrar as raças britânicas (Sendo o mesmo, criador de uma raça britânica) e também as raças sintéticas (em que o zebu faz parte da formação) em detrimento das zebuínas, afirmando ainda, com todo o seu limitado conhecimento nestes aspectos e com o seu autoconvencimento de possuidor da verdade absoluta, que o Rio Grande do Sul não era o espaço para a genética das raças zebuínas, fazendo questão de alertar a classe produtora presente entre o público da solenidade, a não necessidade deste grupo bovino para impulsionar a produtividade de nossos rebanhos, embora defenda a criação de raças sintéticas para tal. Cabe ressaltar, todo nosso respeito e consideração em relação às raças por ele destacadas, pois temos total consciência de que há espaço para todas elas por suas virtudes, principalmente em um estado reconhecido por sua qualificada pecuária e de tantas adversidades bioclimáticas.

Não compreendendo tais colocações, em protesto, efetuamos antes do término do ato solene, a retirada imediata dos exemplares grandes campeões zebuínos que estavam em pista, representados pelas raças Brahman, Tabapuã, Guzerá e Gir Leiteiro, levados ao parque por selecionadores gaúchos consagrados, oriundos de pelo menos cinco municípios diferentes. Entendemos que em um estado de grande tradição pecuária e considerado um dos mais expressivos berços genéticos do Brasil, seja inadmissível tal comportamento de puro desrespeito e desconsideração com qualquer trabalho de melhoramento genético realizado por nossos eficientes pecuaristas gaúchos, zebuzeiros associados a esta entidade ou não, produtores de genética da mais alta qualidade, mesmo zebuína.

Tal situação ocorrida na Exposição de Alegrete  (ver informações técnicas sobre o zebu logo mais abaixo no anexo I) nos coloca em dúvida se o ponto de vista expressado pelo então representante, é oriundo ou não de sua opinião pessoal (em que o momento não lhe dava esta oportunidade) ou se este é o posicionamento real da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul – Farsul, que naquela ocasião se tornou pública. Caso seja esta a visão da entidade, nos vemos erradamente pertencentes ao quadro das associações de raça de uma federação que publicamente se expressa e se comporta contra aos seus membros e seus princípios, através de seu vice-presidente. Estaria a Farsul contra aos produtores de genética zebu? Estaria a Farsul de portas fechadas ao uso de genética zebuína para o Rio Grande obter maior rendimento de carne por carcaça abatida através dos animais cruzados, bem como para a obtenção de um produto com características diferenciadas em relação aos demais estados e países vizinhos?

São questões que ficaram no pensamento da diretoria da ACGZ e dos expositores de zebu presentes na solenidade. Indagações estas que nos deixam com extrema expectativa, por parte da referida federação, de breve esclarecimento e reparação imediata ao gigantesco prejuízo da divulgação e propagação de conceitos errôneos e prejudiciais ao fomento das raças zebuínas no Rio Grande do Sul.

Desta forma, manifestamos nosso total repúdio e insatisfação com tal postura. Subentende-se que um órgão não deve em forma alguma buscar direcionar opiniões e conceitos de interesses específicos de certas pessoas e é por isso, que sobre o ocorrido, exigimos retratação pública e reparação imediata.

Esteio, 24 de outubro de 2012

Eduardo Biagi - Presidente da ABCZ                                                                            

José Adalmir Ribeiro do Amaral - Presidente da ACGZ


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