Indubrasil


Exemplares Indubrasil
História: Dócil, rústico e de dupla aptidão, este é o Indubrasil, bovino de orelhas longas originário da região do Triângulo Mineiro que tem seu primeiro registro genealógico datado de 1938. A raça é resultante da união entre o Gir, o Guzerá e o Nelore. Conta-se que esse mestiço possa ter nascido meio que por curiosidade, de experimentos feitos por criadores e estudiosos da época, que desejavam ter, em uma única variedade, o que havia de melhor em gado zebu em uma única raça. Um dos grandes entusiastas, segundo dados da Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil (ABCI), foi o Coronel José Caetano Borges, desempenhando importante papel na formação da raça que teve padrão racial estabelecido pela Sociedade Rural do Triângulo Mineiro no ano anteriormente citado.

O nome Indubrasil foi oficialmente aprovado em 1929. Em algumas regiões, a variedade foi conhecida, por exemplo, como Induberaba, como o próprio Coronel a chamava, e ainda Induaraxá , Indubahia, Induporã, entre outros nomes. Dados da ABCI, apontam que o Indubrasil dominou a pecuária brasileira, entre os anos de 1925 até 1945. Em 1930, a raça representava mais de 15% do total nacional, aumentando para 79,8% em 1940. Em 1946, gado Indubrasil foi exportado para os Estados Unidos, com o objetivo de contribuir no desenvolvimento da raça Brahman, dando surgimento a um gado com fisionomia nitidamente indubrasilada. Em 1980, corresponderia a 3,7% do total registrado do Brasil, com boa parte das matrizes utilizadas em cruzamentos leiteiros.

Atualidade: O Indubrasil está em um momento de grande evolução genética, conforme a diretoria da ABCI. A evolução citada é resultante advém, sobretudo, dos investimentos em pesquisa e programas de melhoramento no Brasil, realizados, especialmente na Universidade de Uberaba (Uniube) e na EMBRAPA, todos com a parceria da entidade de raça e da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). A raça está sendo selecionada para duplo propósito, com excelentes resultados em produção de leite e de carne, estando apta para enfrentar os desafios de produzir proteína animal a baixo custo.

Atualmente a raça tem apresentado crescimento significativos na região sudeste e na centro-oeste, embora o maior mercado de sêmen de Indubrasil esteja no Rio Grande do Sul. Isso indica a existência de excelentes rebanhos no sul e a raça foi aprovada pelos gaúchos.

Cruzamentos: Por ter dupla aptidão, o Indubrasil tem sido cruzado com raças de gado de corte e de leite, tanto com animais de sangue zebu, quanto taurino. Recentemente, foi realizado o registro do primeiro animal Indolando (cruzamento do Indubrasil com gado Holandes) pela ABCZ.

O cruzamento de Indubrasil com Holandês, Jersey ou qualquer outro bovino de leite é extraordinário, em produtividade e desempenho econômico.O Indubrasil tem suas vantagens como a alta produção de leite e a longevidade das vacas, não precisando descartá-las tão cedo. Nas raças de corte, ele tem contribuído por imprimir em seus descendentes qualidades como docilidade e sua excelente conversão alimentar, por isso, vai muito bem nos confinamentos.

Características: A raça se destaca por várias qualidades, como ótimo ganho de peso, habilidade materna, conversão alimentar, docilidade, rusticidade, bom rendimento de carcaça, excelente desempenho nos confinamentos e grande heterose nos cruzamentos.

No Rio Grande do Sul: Embora a raça tenha se difundido pelo estado em anos anteriores, a retomada da realização de registros genealógicos na ABCZ de plantéis gaúchos aconteceu recentemente, com o registro de exemplares do criador Elair Bachi de Paim Filho/RS. Além deste município, há criatórios de Indubrasil também em Muitos Capões, Novo Hamburgo e Capão Bonito do Sul, onde a raça tem apresentado excelente desempenho, sem qualquer problema de adaptação. Vale destacar que o Rio Grande do Sul é o maior estado em venda de sêmen da raça, conforme os dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA).
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